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O ROUBO DO BARÃO Deu nos jornais que um homem modesto havia roubado um pedaço de carne e por isso foi parar atrás das grades. Ele alegou ao seu doutor, que pegou a carne por necessidade, pois o filho estava faminto. A história sensibilizou até os policiais que fizeram uma coleta para comprar-lhe alguns mantimentos. Roubar para saciar a fome de si ou de outrem não seria crime se seguirmos o adágio popular, mas para a lei, roubo é roubo e não adianta chiar.  Tirar algo de alguém sem autorização é crime e para um juiz que segue a lei com rigor, é o enquadramento no código 171. Mas existe outro adágio popular em nossa Pindorama , que diz que “roubar pouco é ladrão, e roubar muito é barão”, que felizmente parece estar perdendo a validade, pois muitos barões estão vendo o sol nascer quadrado. Mesmo assim, não são chamados de ladrões ou larápios, mas empresários ou executivos corruptos, pois ladrão é considerada uma expressão pesada demais para os chamados colarinhos brancos. É b