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Mostrando postagens de agosto 5, 2012
A TERRA DO NUNCA E A PARTIDA DA DONA ÁUREA FERRARI DA SILVA Dona Áurea, mãe do amigo Edson Zeca da Silva, como a minha e a da  Dalva, também partiu para a Terra do Nunca. Há tempos ela se refugiu depois de um AVC. Não que estivesse impossibilitada, mas optou ficar como se o estivesse. Não recebia visitas e não saia de casa, recolhendo-se quando o sol se punha. Vivia como um compromisso, sem prazeres e sem alegrias. Seus contatos humanos praticamente se restringiam ao filho e a enfermeira.  Como diria o poeta Drummond: “Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação” no poema Meus ombros suportam o mundo.         Dona Áurea Ferrari da Silva era simpática, mesmo sendo uma mulher de poucos sorrisos, sempre séria, ensimesmada - pelo menos essa é a imagem que guardei dela - mas gostava de cantar, principalmente as músicas do Chico Alves, Herivelto Martins, Lupicínio entre outros.  Nas festas familiares seu filho dava o tom no violão e a arrastava para o