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Mostrando postagens de agosto 4, 2008

Histórias de Piedade (II)

Dedo estava em novas atividades no banco. Agora era um inspetor de financiamento rural e seu trabalho consistia em visitar os clientes do banco para verificar se estavam aplicando corretamente os recursos. Pegou a pastinha com a relação dos clientes a serem visitados, subiu na motocicleta e saiu para mais um dia de trabalho. As estradas vicinais são difíceis, mal conservadas e sem nenhum tipo de sinalização ou indicação. Para localizar as pessoas nos sítios era preciso ir perguntando para quem encontrava pelo caminho. Muitos dos clientes são conhecidos por apelidos, o que torna a tarefa ainda mais difícil. Um tal de Antonio José dos Santos foi muito difícil de achar. Ninguém conhecia o homem até que um senhor se lembrou e disse: - Deve ser o Toto do Titico. Ele mora lá em riba. Chegando lá encontrou uma senhora de meia idade varrendo o quintal em frente a casa. Estava tão concentrada em seu trabalho que nem percebeu a moto chegar. Ela parou de varrer e apoiando as mãos na vassoura

Histórias de Piedade I

Histórias de Piedade Murilo deu um bocejo e sentiu que já estava passando da hora de fechar a bodega. Fazer as contas, pegar o caminho de casa e descansar para mais um dia de labuta. Já ia pegando a chave quando entrou um velho com uns setenta e poucos anos. O homem chegou meio cambaleando e parou no balcão. Tirou o chapéu e pediu um café bem forte. O Murilo pensou com seus botões, mais essa agora... Na horinha de fechar. Café até que tinha um restinho que havia sobrado, mas servir, sujar copo e ainda agüentar conversa de bêbado? De jeito nenhum. - Não tem mais café não meu amigo. Acabou. O homem fez de conta que nem ouviu a resposta do dono do bar e emendou em seguida um novo pedido: - Então o senhor me faz um misto quente com bastante queijo. O Murilo já foi perdendo a paciência de Jô e, pedindo desculpas, disse que a chapa já estava fria e que não dava para fazer o lanche não. Bem agora o homem vai embora e eu posso fechar as portas, pensou. Ledo engano, o velhinho não desistiu