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Mostrando postagens de novembro 10, 2008

O IRAQUE NUNCA ESTEVE TÃO PERTO

O Iraque não está tão longe. A expressão "está para lá de Bagdad" perdeu o sentido no mundo globalizado. Infelizmente, a violência que campeia por lá, também está por aqui. De repente podemos ser uma das vítimas ou nossos parentes, amigos e conhecidos. Estamos todos com as cabeças enfiadas na terra, como avestruzes, sem querer enxergar que chegamos a beira do abismo. Há tempos estamos vendo notícias que informam que grupos marginais roubaram quartéis do exército e das polícias militares. Outras dão conta de que os bandidos utilizam armas muito mais sofisticadas do que as disponíveis para nossos policiais. O embate torna-se desigual, desequilibrando o confronto. De um lado, temos policiais militares que têm esposa, filhos ou pai e mãe. Do outro, temos marginais que estão por conta da vida, ou seja, estão para o que der e vier, pois vieram de um ambiente em que a vida não tem mais nenhum valor, em que os vínculos familiares, quando existem, são bastante tênues. De um lado, prof

A MORTE INOVADA

“Funeral é um negócio como qualquer outro e precisa ser inovado constantemente”. A frase, ouvida num jornal na TV me deixou um tanto chocado, pois me habituei a ouvir e ver a morte como algo funesto, desagradável e que coveiro ou o agente funerário eram as piores profissões do mundo, com todo respeito que todas as profissões merecem. Quando criança passava longe das funerárias e só de pensar que um ente querido poderia ser encaixotado me causava arrepios. Lembro-me que ao descobrir que um colega do colégio era filho do proprietário de uma agência, provocou o meu distanciamento dele tal como o diabo foge da cruz. Um carro funerário passando pela rua me provocava asco e olhava para o outro lado. A cor rocha até hoje me é desagradável, por mais que queiram me convencer que é uma cor da moda. Algum trauma de infância diagnosticaria um psicanalista interessado em algumas sessões de análise. Um medo infundado creio eu, mas pode ter origem nas histórias que eu ouvia quando criança, pintando a