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Mostrando postagens de julho 9, 2010

O BAR DO XANDÓCA

O velho Thenório , com os seus cabelos brancos encaracolados e seu sorriso simpático, pitava o seu cigarro de palha e de vez em quando tomava um trago de cachaça à base de pitanga, que ele mesmo preparava. Sentado ao lado da lareira, observava o movimento dos cães e das pessoas que circulavam pela casa, quase sempre com visitas que vinham para ouvir os seus velhos causos ou ouvi-lo tocar violão e cantar as suas belas canções. “As canções são eternas. Depois que caem no domínio público, alcançam a eternidade. A mesma sorte não tem a literatura e tampouco a pintura. A pintura é efêmera como os bambus”, dizia para uma pequena platéia atenta e interessada em ouvir os seus comentários. Ao falar sobre pintura, uma mulher que o visitava e que estava olhando um pequeno quadro na parede, perguntou: “Onde o senhor conseguiu este quadro?”. Era uma pequena pintura a óleo de um velho amigo que há tempos não via e nem sabia se ainda vivo estava.