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Mostrando postagens de março 7, 2010

JOHNNY ALF, UM RAPAZ DE BEM

Quando garoto pensava que o Johnny Alf fosse um pianista americano que tocava jazz aqui no Brasil. Depois vi que esse americanismo era fruto de uma época, do pós-guerra e da Guerra Fria, que alastrou a influência americana pelo continente. Pensava-se que para fazer sucesso era preciso ter um nome inglês. O português era, definitivamente, um idioma que não se encaixava muito bem no show-business da época. Alfredo José da Silva, carioca da Vila Izabel como Noel, não fugiu a regra. Negro, de origem muito humilde, órfão de pai, que morreu na Revolução de 1932 quando ele tinha três anos e com mãe empregada doméstica, escapou por pouco de destino que poderia ser o mesmo de milhões de jovens negros e pobres no Brasil. Teve a oportunidade de estudar piano erudito e isso mudou seu destino. Mas não foram apenas os clássicos que fizeram a sua cabeça. Também os grandes jazzistas como Gershwin e Cole Porter, através dos musicais americanos, tiveram influência notável em sua obra musical. Tocando