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Mostrando postagens de junho 15, 2009

O GOLPE DO RELÓGIO

Ao ver os camelôs nas ruas e praças do centro de São Paulo com centenas de relógios importados de todas as marcas, autênticos e falsificados, faz-me recordar os tempos em que a máquinas de marcar horas eram objetos pouco acessíveis à maioria das pessoas. Um bom e reluzente relógio de pulso era também símbolo de status e cidadania. Por um relógio muitos caiam no conto-do-vigário. O famoso Ômega, um suíço de pedigree era o sonho de consumo de muita gente. Falava-se no Ômega Ferradura (confundia-se a letra grega com a ferradura utilizada nas patas dos cavalos e se pronunciava o nome sem o acento). Meu sogro, paulistano da Mooca acabou caindo no famoso conto lá pelos anos quarenta. Ele havia conseguido o seu primeiro emprego numa companhia de seguros. Com seu terno de casimira inglesa azul marinho e um chapéu Ramenzoni, faltava um relógio para completar a sua elegância. Ao receber o seu primeiro salário, não teve dúvidas, tirou o final da tarde para namorar as vit

O PAPAGAIO IRREVERENTE

Ganhamos um papagaio. Que o IBAMA nos perdoe, mas o tal papagaio foi criado em casa e aprendeu, a duras penas, a falar palavrão. Vai te..., Vai tomar..., eram expressões habitualmente utilizadas pelo bichinho de estimação. Minha cunhada, a dona do louro, trabalhava fora e para aplacar a solidão, ele repetia impropérios que eram ouvidos por toda a vizinhança do prédio. Uma vizinha, ciosa dos bons costumes, fez uma queixa num juizado de pequenas causas, pois o papagaio estava prejudicando a educação dos seus filhotes, soltando palavrões até na mesa de refeições. Entretanto, ficou uma incógnita sobre quem ensinou o bicho o indesejável repertório. A família reza de pés-juntos que não foi ninguém da casa. Conhecendo os hábitos familiares, é impossível duvidar. Com toda certeza foi algum moleque de algum apartamento vizinho, que aproveitando a ausência da dona, enriqueceu o vocabulário da ave. Diante do impasse, ela resolveu doar o bichinho e escolheu a nós para recebê-lo. Como negar? Vamos