Recebi o livro Minha Aldeia da minha querida amiga Valnice ou simplesmente Bolla, atriz, cenógrafa, figurinista, bonequeira e escritora. Sentado na rede, comecei a ler a brochura e fui recordando quando eu a conheci. Quanto tempo! quantas histórias! quanta generosidade! desse casal ( ela e o Zé Geraldo) que dedicou e dedica a vida às artes, sem concessões, por descuido ou poesia. Enfim, Bolla saiu do armário e colocou para fora seu lado de poeta e escritora. Quantas coisas bonitas ficaram nos seus alfarrábios escondidos nas gavetas do tempo! Mas enfim, temos em mãos as suas lembranças poéticas e suas reflexões expressas de forma muito particular, repletas de simbologias, da visão de mundo de uma criança que ela continua teimando em ser e, quiçá, nunca mude. Bolla me lembra um pouco a sua conterrânea Cora Coralina, pois nasceu em Goianésia no mesmo estado da poeta. De lá trouxe nas malas, na mente e nos bolsos, velhas lembranças como da casa de chão batido onde morou, do avô com seu t