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Mostrando postagens de novembro 6, 2008

LUPICÍNIO RODRIGUES REVISITADO

Eu não sei se o que trago no peito É ciúme, despeito, amizade ou horror Eu só sei que quando eu a vejo Me dá um desejo de morte ou de dor O crime de Lindembergue Alves, que assassinou sua ex-namorada Eloá e feriu gravemente a amiga dela, Mayara, me fizeram lembrar dos versos do grande compositor gaúcho, Lupicínio Rodrigues, que foi classificado como shakesperiano por Augusto de Campos. O moço não sabia, tal como o poeta, o que ele trazia no peito, depois do fim de uma relação afetiva. O poeta, como diria Fernando Pessoa, é um fingidor, mas o amante nem sempre consegue sublimar a sua dor através da poesia ou outra forma não violenta. O desejo de morte ou de dor tomou conta do rapaz que não viu alternativa, a não ser mostrar para a jovem todo o seu sofrimento, ficando exposto ao risco de perder a vida e levá-la para o mesmo caminho. A relação tinha tudo para não dar certo. Ele com vinte e dois anos e ela com quinze. Ele, um garoto mal amado que procurava na família da namorada um aconche