Hoje me dei conta de que a minha primeira e única visita a Belo Horizonte ainda permanece em minhas retinas fatigadas. Apenas um fim de semana, mas ainda fica a impressão de que durou uma eternidade. A viagem de ônibus foi à noite e fez um frio de doer os ossos. Não consegui pregar os olhos, tal o desconforto. Mas o dia amanheceu bonito, ensolarado e pude conhecer a primeira cidade totalmente planejada do Brasil. Naquele momento me veio à mente a voz da minha professora primária, Da. Teresa Rami, nas aulas de geografia, explicando as características das capitais brasileiras. Mas eu tinha outro motivo, mais relevante para a minha fugaz estadia em BH. Era conhecer a igreja de Pampulha, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e com pinturas do grande mestre Candido Portinari. A viagem foi a convite de um amigo da época, Marcos Padovani, a quem não vejo há séculos. Sua irmã, Cecília, estava num convento em Pampulha e ele precisava fazer-lhe uma visita, levar-lhe notícias, enfim, coisas