SEU CHICO, UM MESTRE DA MADEIRA Uma coluna de madeira da garagem, atacada por indesejáveis cupins, me fez pegar o telefone e ligar para o seu Chico, um velho carpinteiro-marceneiro que fez vários serviços em casa. Atendeu a filha que queria saber quem gostaria de falar com ele e só depois deu a notícia de que o velho Chico havia falecido. Diante da má e inesperada notícia perguntei sobre a causa e ela me explicou que foi um novo AVC, já que ele tivera outro há alguns anos. Estava o seu Francisco indo para a padaria, quando, no meio do caminho, sem nenhum aviso prévio, caiu no meio do passeio público. Chamaram o socorro, mas não havia mais nada o que fazer. Seu Francisco, ou Chico, morreu na contramão atrapalhando o tráfego, como diria a canção do outro Chico, que recebeu o prêmio Camões de literatura. Seu Francisco morava em Ribeirão Pires e foi, a mim indicado, por um amigo de lá, o músico David Filho. Com seu jeito simples, ele fez um orçamento que chegou a me espantar, po