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Mostrando postagens de abril 8, 2022

GOLPE OU REVOLUÇAO?°

Hoje completa 58 anos do Golpe Militar de 1964 e ainda se discute se foi golpe ou foi um “movimento”. Palavras... Na Ciência Política golpe é quando ocorre a derrubada pela força de um governante constitucional, ou seja, foi eleito por voto direto ou indireto de acordo com as regras estabelecidas na carta magna de um país. Golpe é um termo considerado pesado e os militares não gostavam e ainda não gostam e preferiam Revolução e hoje Movimento. A bem da verdade o golpe foi o resultado de um complô entre políticos conservadores, empresários, parte da igreja católica e militares. Mas depois de assumirem o poder, os militares chegaram à conclusão que eles governariam melhor o país do que os civis e lá se foram vinte anos com o país sob o domínio dos coturnos. Era uma ditadura envergonhada que fazia eleições para “inglês ver”. Escolhiam os presidentes nos quartéis e depois mandavam os congressistas votarem neles. A diferença das outras ditaduras é que não havia continuísmo. A cada quatro

LYGIA FAGUNDES TELLES

Lygia foi eleita imortal da Academia Brasileira de Letras, mas continuou com o direito de morrer, pois como dizia um velho amigo falecido, a vida eterna é numa coisa sem graça. Há um momento em que é preciso descansar do corpo velho e repleto de dores aqui e acolá. A memória já não funciona direito e os dentes já não conseguem estraçalhar uma picanha ao ponto com a mesma força e prazer dos tempos de antanho. A imortalidade da Lygia é outra. A imortalidade é da sua obra que sempre será lembrada, lida e relida enquanto durar esse velho e maltratado planeta do sistema solar. Encontrei a Lygia duas vezes, a primeira numa palestra na faculdade. Ela era ainda uma jovem e bela mulher e eu na flor da idade. Consegui a duras penas apertar sua mão e parabenizá-la pelas belas palavras, num tempo difícil em que até para os poetas e escritores havia agentes da ditadura a espreita. Às vezes para o palestrante e outras para identificar no público aqueles que fazem perguntas incomodas para os donos

As mulheres do século XXI

Resolvi rever o filme de Mike Mills de 2017. A história se passa nos anos 1970, com uma mulher liberal, madura, divorciada, tabagista e com um filho adolescente. Uma jovem fotografa punk aluga um dos quartos da casa e o filho tem uma amiga de infância que sorrateiramente dorme no quarto dele, mas sem nenhum envolvimento sexual, apenas para conversar. É uma história comum, sem grandes sobressaltos. As emoções que acontecem, são as mesmas do cotidiano das pessoas como a gente, um carro que pega fogo sozinho, as turbulências de um adolescente com os seus hormônios, os problemas das amigas, as baladas, as doenças, enfim... A trilha sonora, com “As time goes by”, provoca em mim um pouco de saudade. Vem aquela melancolia pela falta dos pais, dos irmãos, de amigos... Casablanca é um filme tão velho e foi realizado bem antes do meu nascimento, mas foi assistindo tantas e tantas vezes que parece que eu estava presente no dia do lançamento ou que vivia o momento de guerra. A relação do adoles