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Mostrando postagens de março 2, 2009

UMA CANÇÃO PARA MAYSA

Com bastante atraso escrevo sobre a minissérie Maysa, exibida na televisão. Confesso que pouco ou nada me liguei na cantora durante sua vida. No auge de sua carreira eu ainda era muito jovem para entender as suas canções de fossa. Na fase final ou na sua decadência, estava ligado na nova geração de compositores e cantores da fase áurea da MPB, como Caetano, Chico, Edu, Milton Nascimento, Tom Jobim entre outros. Lembro-me de uma revista de fotonovelas que apareceu lá em casa trazida pelas minhas irmãs mais velhas que contava a história da musa. Era a história típica de um conto de fadas. Uma moça da classe média casando com o sobrenome ícone do capitalismo nacional. Tinha tudo para dar certo se não fosse a música e a sua personalidade independente e boêmia. Um casamento dentro dos padrões tradicionais de uma família burguesa não conseguiu suportar a presença de uma vida cercada de holofotes, fofocas e notícias nos jornais. Artista famoso não tem vida privada e ponto final. A sua morte

O LOBISOMEM

Uma história assombrosa povoava minha imaginação de menino. Era sobre um português chamado Manoel Joaquim Quinquinello. Ele morava na fazenda de um tio, no interior de São Paulo com a mulher, dona Joaquina e seus filhos. A casa era uma tapera que ficava ao meio de um outeiro ao lado de um pequeno córrego que cortava a fazenda. Meus primos diziam que o seu Manoel virava lobisomem nas noites de lua cheia. Quando era visto na fazenda, estava sempre com um bode ao seu lado e um facão preso à cintura para cortar capim para alimentar seu fiel escudeiro. Lembro-me da primeira vez que vi o seu Manoel. Ele vinha com o seu bode ao lado, com enormes barbas brancas e esbravejando aos quatro ventos. Era uma figura sinistra, digna de assustar meninos, ainda mais com a lenda de que virava lobisomem. Meus primos mais velhos me assustaram mais ainda, avisando que ele iria me pegar. Meu coração disparou e não sabia se me agarrava aos primos ou saia em disparada. O Seu Manoel parou e perguntou: “Quem é