“Verde que te quiero verde/ Verde viento, verde rama” (Garcia Lorca) Pela primeira vez estou em Monte Verde. Apesar do frio quase suportável, principalmente à noite, e muita poeira na estrada, vale a pena deixar a paulicéia desvairada e dar uma relaxada na pequena vila incrustada na serra da Mantiqueira. É uma Campos do Jordão menor, menos estressada e mais bucólica. O ambiente é mais caseiro e é possível passar na Rua dos Bem-te-vis e visitar a casa da dona Nata, uma paulistana que adotou Monte Verde há muitos anos e curtir os beija-flores que invadem o seu quintal, além dos esquilos que vêm comer amêndoas na mão da gente. Depois é só comprar um potinho de geléia de amoras ou de framboesas (não é obrigatório, mas é educado) que o seu marido, o seu Renato, prepara ouvindo o canto das sabiás. Na Pousada Locanda Belvedere onde estamos hospedados, o ambiente é bastante aconchegante, com muita música popular brasileira sob a direção de um dos sócios, o Roberto Lapicirela, um boêmio, com