Beber, como dizia o grande cronista da noite carioca, Antonio Maria, é sempre um mistério, uma sabedoria, que nos leva aos copos e ao estado de graça. Não faço aqui a apologia da bebida, mas existem momentos em que ela é absolutamente necessária e caso se consiga aprecia-la moderadamente, pode ser um santo remédio para as dores da alma. Algumas bebedeiras são motivos de grandes arrependimentos pelas bobagens que se faz, pelas palavras mal pronunciadas que ofende pessoas, destrói amizades ou grandes amores. Outras são motivos de grandes gargalhadas, mesmo depois de passados muitos anos. Algumas são motivos de orgulho, principalmente pelo bêbedo ter falado, num discurso improvisado, alguma coisa que todos gostariam de dizer, mas sempre faltou a coragem que a bebida, às vezes dá, desde que a mente ainda esteja suficientemente lúcida. Algumas bebedeiras são ontológicas e poderiam ser premiadas pela academia nacional da bebedeira (ANB) pela contribuição sociológica, política, filosófica ou