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Mostrando postagens de janeiro, 2013
CIA. FÁBIO BASTOS, APENAS UM RETRATO DE PAREDE, MAS DEIXOU SAUDADES Rubens Novaes e Beth Dentro das condições da época a empresa era um local bom para se trabalhar. Nos anos 60 chegou a distribuir ações da empresa para os funcionários como bônus de final de ano, uma inovação em termos de gestão de pessoas.  O principal negócio da empresa era a importação de implementos agrícolas, tratores e demais produtos para a pecuária leiteira. Fabricava também alguns produtos complementares para o setor. Era uma grande importadora de tratores, mas quando a Valmet e a Ford começaram a fabricá-los  no Brasil, a Fábio Bastos perdeu um grande filão de mercado. Posteriormente, a Alfa-Laval, empresa sueca do setor de máquinas para a indústria de laticínios também se instalou no Brasil, fato que agravou a crise da empresa.  Fundada no Rio de Janeiro nos anos 40 do século passado pelos irmãos Garcia Bastos, a empresa se espalhou pelo Brasil e tinha filiais nas principais capitais, além de es
A VIZINHA DO LADO Todo bairro tinha a sua moça elegante, sempre bem vestida, maquiada que usava corretamente o vernáculo. Havia mais de uma, mas a Frida era especial, principalmente porque morava quase em frente a nossa casa e desfrutávamos de alguma intimidade com ela e sua família.  Era uma secretária, mas também uma equilibrista, pois não era fácil andar de salto alto naquelas calçadas mal conservadas da velha Vila Marlene.  Ela navegava perto dos trinta anos e todos a consideravam uma solteirona ou uma balzaquiana, sem muita chance de subir ao altar para os padrões da época. Mas Frida não dava bola para a torcida e tampouco para os rapazes vizinhos que não estavam à altura do seu cabedal. “Imagine que eu me casaria com um pé rapado para passar os meus dias lavando cuecas. Nem pensar”, repetia sempre quando alguém lhe perguntava sobre casamento. A nossa musa, apesar da elegância e modos educados, não dispensava uma cervejinha e se tivesse uma cachacinha antes, melhor ainda.
O MUSEU DO IPIRANGA, A MARQUESA DE SANTOS E O SAMBA DO CRIOULO DOIDO. Qual é a relação entre o Museu do Ipiranga e a mais famosa cortesã do império, Maria Domitila de Castro Canto e Melo? Nenhuma é claro.  É o que afirmaria qualquer razoável conhecedor da história do Brasil. Mas no imaginário popular a história é bem diferente do que está nos livros. Para o povo, Dom Pedro morou no museu do Ipiranga que era seu palacete e acabou se transformando num museu depois da Proclamação da República.  E tem mais, a Marquesa de Santos morava numa casa na Estrada Velha de Santos, conhecida como Casa de Pedra, onde passava os fins de semana e se encontrava com o seu fogoso amante Imperador.                Num passeio pelo Parque da Independência, ao lado do museu, ouvi um rapaz falando para um grupo de amigos “Esse palácio é onde morava D. Pedro I com a Imperatriz. Ele escolheu este lugar para se encontrar com sua amante a Marquesa de Santos que morava no alto da serra”