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Mostrando postagens de abril, 2009

APANHADOR NO CAMPO DE CENTEIO

Se vocês pensam que eu vou contar minha droga de vida com todos os detalhes sórdidos, podem ir tirando o cavalo da chuva. Eu vou contar apenas algumas coisas que eu tenho vontade de contar, mas vou omitir e mentir em muitas coisas. Ao contrário do Holdem Caulfield do Apanhador em campo de centeio, a minha infância foi pobre, mesmo tendo estudado uns três anos em colégio particular. Eu não fui expulso como ele, mas fui jubilado depois de repetir duas vezes na mesma série. E foi mais por preguiça mesmo do que dificuldade para aprender. Eu era um perfeito relaxado, se é que é possível ser perfeito nessas coisas. Eu não era burro, mas era indisciplinado. Algumas coisas não entravam na minha cabeça. Em português eu até me defendia, pois lia e escrevia com alguma facilidade e era capaz de ler várias páginas em pé, segurando um livro, sem gaguejar. Em matemática me defendia para o gasto. Mas quando era necessário decorar coisas que não me interessavam? Era um desastre. Minha primeira profes

JUNIA COSTA, A MOÇA QUE DEIXOU UM VIOLÃO LÁ EM CASA

JUNIA COSTA, A MOÇA QUE DEIXOU UM VIOLÃO LÁ EM CASA Um dia desses, arrumando as coisas em casa, encontrei um velho violão Gianini todo empoeirado e comecei a pensar na sua história. Foi uma moça, lá das Minas Gerais, mais precisamente de “Belzonte”, como ela chamava a capital do estado, que o deixou aqui. Não sei se ela gostava ou não do violão, mas parece que foi coisa do passado, quando ainda era muito jovem e estudante. Depois de formada o violão foi ficando meio de lado e acabou esquecido, propositalmente por aqui. Quando ela mudou-se para outras plagas, perguntamos: - E o violão, não vai levar?” - Acho que não vou não. Eu gostaria de deixá-lo aqui. Vocês se incomodam? Claro que a gente não ia se incomodar. Mesmo tendo o nosso, um violão a mais nunca seria demais, pois às vezes aparecia mais de um músico para os nossos animados saraus. Depois, um violão é um objeto que tem vida. Não é um vaso, um móvel. As pessoas tocam belas canções e com eles passamos bons mom

Extraterrestres

Revendo quase por acidente o filme ET em que um extraterrestre é apresentando como um pequeno monstrinho sensível e delicado, observa-se um grande contraste com as declarações de pessoas que se dizem abduzidas pelos seres de outros planetas. Umas duas mulheres que relataram os seus “casos” com alienígenas, revelaram que eram altos, loiros e com olhos azuis. Essas pessoas juram por todos os deuses que tiveram filhos destas relações e não ficam constrangidas em mostrá-los na televisão. A entrevistadora faz expressão séria ao formular as perguntas sobre como ocorreram as abduções. A cena me fez lembrar do livro de Carl Sagan, O mundo assombrado pelos demônios em que o autor procura desmascarar, através de explicações fundamentadas na ciência, esses depoimentos sobre encontros com extraterrestres. Sagan não usou meias palavras para criticar esse modismo contemporâneo. Lembra o físico e astrônomo que não há registro histórico de contatos com seres extraterrenos nos séculos anteriores aos li