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Mostrando postagens de janeiro 2, 2011

A TERCEIRA MARGEM DO RIO

A metáfora de “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa, uma obra prima do conto brasileiro, é o esquecimento ou alheamento de tudo. Uma tentativa de buscar um mundo de sonhos, de afastamento das coisas reais para viver numa outra dimensão. É a história de um homem que, sem mais, nem menos, para o estranhamento da mulher, dos filhos e dos amigos, manda fazer uma canoa, despede-se e parte para uma viagem sem retorno. Uma viagem que não é uma viagem. É um desligamento da vida, das coisas materiais, das relações pessoais.  Ele estava ali, a vista, mas distante de tudo e de todos.             A alienação  é constante na literatura. Em Rei Lear , de Shakespeare, o pai resolve, em vida, repartir seu reino entre suas filhas. Uma delas, a sua preferida,  considera a sua  decisão insensata. Ofendido por isso, ele a deserda. No final , já demente,  é abandonado pelas filhas herdeiras e é amparado pela filha deserdada.              Dom Quixote de La Mancha , ao embriagar-se das novela