Pediram-me versos!
Eu me pergunto:
Para que versos?
Estamos num tempo sem alma
Os homens estão sem memória
Ninguém mais consegue
Ver o deslumbramento
De um amanhecer
Caminhamos para um tempo
Sem sorrisos
Sem mãos que afagam
Sem vozes que cantam
Sem desejos
Sem esperanças
Para que versos meu Deus!
Ele não responde
Ninguém responde
Grito no escuro
Sem ecos
Sem vozes
A cidade está vazia
Mas os passos apressados
Continuam sua longa marcha
Todos fogem
Mas ninguém sabe para onde
Haverá amanhã?
Um ano que vem?
Um futuro?
A vida escapa das nossas mãos frágeis
Não entendemos nada
Não vemos nada
Falamos para ninguém
Enquanto isso
Os pássaros conversam
Na linguagem possível.
Eu me pergunto:
Para que versos?
Estamos num tempo sem alma
Os homens estão sem memória
Ninguém mais consegue
Ver o deslumbramento
De um amanhecer
Caminhamos para um tempo
Sem sorrisos
Sem mãos que afagam
Sem vozes que cantam
Sem desejos
Sem esperanças
Para que versos meu Deus!
Ele não responde
Ninguém responde
Grito no escuro
Sem ecos
Sem vozes
A cidade está vazia
Mas os passos apressados
Continuam sua longa marcha
Todos fogem
Mas ninguém sabe para onde
Haverá amanhã?
Um ano que vem?
Um futuro?
A vida escapa das nossas mãos frágeis
Não entendemos nada
Não vemos nada
Falamos para ninguém
Enquanto isso
Os pássaros conversam
Na linguagem possível.
Renato, muitos e muitos antigos filósofos orientais já diziam que as palavras assim como os pensamentos e aqui também estão os cantos dos pássaros são energias vivas que nunca se perdem. Estão no Universo para sempre. Ao escrever seus versos tristes, o poeta divulgou cada energia contida em cada uma de suas letras ao Universo. Então, como dizer que ninguém a lerá? Que ninguém a ouve? Cuidado ao pensar que a poesia morreu, que o poeta é triste figura nos tempos modernos...há poesia em tudo que acreditamos. Há poesia no ar...Abraços. Geanete
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