SAUDAÇÃO ÀS PLANTAS Cansado de ficar em casa resolvo dar uma caminhada pela minha rua, cujo nome é em homenagem ao escritor negro Lima Barreto, autor do inesquecível conto “O homem que sabia javanês”. É um sábado, diferentemente de outros tempos, ninguém na rua, a não ser o vai e vem de entregadores de encomendas adquiridas pela internet e correio. Vou até o final, pois a rua é curta e quando retorno, encontro um vizinho devidamente mascarado. Precisei tirar rapidamente a minha para que ele me reconhecesse. Falamos de amenidades, como as filhas dele trabalhando em sua casa e ele proibido de fazer qualquer tipo de barulho como ligar a furadeira ou bater algo com o martelo, problema que também compartilho. Elas precisam de silêncio e eu estou precisando de fazer um pouco de barulho para me sentir um pouco vivo. Desconsolado ele me fala sobre o seu buffet infantil que precisou fechar, pois as festas acabaram. Sem festas, sem a alegria das crianças, dispensou todos os funcionár