ERETOS
Sonia Nabarrete,
jornalista, fotógrafa, contista e poeta lançou recentemente a sua primeira
novela. Um livro forte, utilizando uma linguagem sem censura, como é do seu
jeito de ser. Ela se refere às coisas com os nomes que são utilizados nos
guetos, nos bares, nas ruas, nos prostíbulos e na alcova.
Sua carreira de
jornalista sempre foi pautada por reportagens arrojadas, como a que escreveu
sobre os índios tupis no litoral norte nos anos 1970 e que teve alguma
repercussão. Neste trabalho expôs de forma nua e crua a realidade desse grupo
indígena explorado pela população local e turistas.
Nos últimos
anos, depois de passar por um período como jornalista corporativa, editando
órgãos internos de empresas, Sonia Nabarrete voltou a escrever poesias e
contos, tendo alguns trabalhos premiados.
Sua primeira
novela e espero que publique outras, porque talento e criatividade não lhe
faltam, é arrojada e totalmente despojada do lirismo comedido. O sexo é tratado
de forma nua e crua, bem ao estilo do grande escritor norte-americano Henry
Miller, que chocou o mundo com Tropico de Câncer e outros.
Eretos é uma
novela tipo policial, ao estilo de Agatha Christie em que vários personagens
são unidos por um mesmo destino. Uma dona de casa, um juiz, um detetive, um
policial militar, um militante político, uma cafetina, um casal de cuidadores,
um médico, um empresário e um transexual, Cada um deles cometeu um crime, uns
leves, outros mais pesados e entre eles um algoz maníaco que espera puni-los,
segundo seus critérios de justiça. O enredo é bem dinâmico, fazendo com que o
leitor se prenda na trama, esperando uma resposta para o enigma esclarecido no
final. Para início de conversa todos os
personagens apostaram na Mega Sena acumulada e um deles levou sozinho a bolada.
Eretos. Editora
@link, Sonia Nabarrete, 160 pg.
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