Bananeira
O pé de banana
Deu cachos
Doces bananas
E a lesma se lambuza
No ácido doce
E o bem-te-ví
Regala-se
Na jabuticabeira
E o jabuti
É apenas um nome
em um indecifrável
Dicionário.
O mar
O mar molha
A praia dos meus sentidos
E meus ouvidos
Ouvem o marulhar
Mas o mar
Não chega ao planalto
Alto e insone plano
Para que o mar?
Se a vida já secou
Secou?
Ou as dores do corpo
Perderam
O sentido do mar?
Meu avô
Meu avô
Dormia um sono
Sono de pedra
Entre ossos
E lembranças
Que eram gravadas
Na fina teia
Do cálcio.
Minha mulher
Minha mulher
Não é minha
Pois ela é que me tem
Povoa-me de beijos
Arrasta-me
Loucamente
Para sua teia
De desejos
Eu que não sou nada
Perco-me na lambança
De seu território
Infinito
Onde se escondem
Inefáveis prazeres.
Minha filha
Traça
Silenciosamente
Minha continuidade
Mas se recusa
A sê-la
Ela quer ser
Nada mais do que ela
E eu
Sigo a narrativa
Inenarrável
Dos seus olhos
Cor de mel.
dezembro de 2008
O pé de banana
Deu cachos
Doces bananas
E a lesma se lambuza
No ácido doce
E o bem-te-ví
Regala-se
Na jabuticabeira
E o jabuti
É apenas um nome
em um indecifrável
Dicionário.
O mar
O mar molha
A praia dos meus sentidos
E meus ouvidos
Ouvem o marulhar
Mas o mar
Não chega ao planalto
Alto e insone plano
Para que o mar?
Se a vida já secou
Secou?
Ou as dores do corpo
Perderam
O sentido do mar?
Meu avô
Meu avô
Dormia um sono
Sono de pedra
Entre ossos
E lembranças
Que eram gravadas
Na fina teia
Do cálcio.
Minha mulher
Minha mulher
Não é minha
Pois ela é que me tem
Povoa-me de beijos
Arrasta-me
Loucamente
Para sua teia
De desejos
Eu que não sou nada
Perco-me na lambança
De seu território
Infinito
Onde se escondem
Inefáveis prazeres.
Minha filha
Traça
Silenciosamente
Minha continuidade
Mas se recusa
A sê-la
Ela quer ser
Nada mais do que ela
E eu
Sigo a narrativa
Inenarrável
Dos seus olhos
Cor de mel.
dezembro de 2008
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